Encontro com o eterno



Trecho: "Ao examinardes o que digo, estais exercendo a razão, não é verdade? A razão, entretanto, nos conduz apenas até um certo ponto, e não mais além. Devemos obviamente exercer a razão, a capacidade de pensar nas coisas do princípio ao fim, sem pararmos no meio do caminho. Mas, quando a razão alcançou os seus limites e não pode ir mais longe, então a mente já não é o instrumento da razão, da astúcia, do cálculo, do ataque e da defesa, desde que o próprio centro de onde procedem todos os nossos pensamentos e todos os nossos conflitos deixou de existir.
O autoconhecimento, portanto, não é um processo que se aprende em leituras, ou a respeito do qual se pode especular: ele tem de ser descoberto por cada um de nós, momento a momento, o que faz com que a mente se torne altamente vigilante. Sem autoconhecimento não pode existir o eterno. Quando não conhecemos a nós mesmos, o eterno se transforma em simples palavra, um símbolo, uma especulação, um dogma, uma crença, uma ilusão em que a mente pode refugiar-se."



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